A trajetória de trabalho de Princesa Ricardo (sim, agora me chamo oficialmente assim) é marcada de diversas formas pela discussão de diversidade sexual.
Em 2003, nas performances Desenhos de uns sexos (uma parceria com o artista curitibano Leo Gomes) e Desenhando uns sexos em versão solo pude explorar minhas primeiras inquietações com relação às pseudo obrigações do “ser homem socialmente”.
Com as performances Família dos Batráquios (de 4 horas de duração); Homem branco, ocidental, classe média; e Pelo a menos no país das maravilhas, todas de 2004, dei continuidade à pesquisa que relaciona dança e sexualidade, incluindo minha história pessoal como uma das ferramentas para acessar alguma sensibilidade coletiva.
Pelo a menos no país das maravilhas (obra inteira):
Pelo a menos no país das maravilhas - Ricardo Marinelli from ricardo marinelli on Vimeo.
Em 2005, na performance Me apresenta pro He-man, realizei uma primeira aproximação com a construção das orientações sexuais na infância (a performance apresentava uma espécie de programa de auditório pretensamente para crianças e apresentado por um Gogo-boy de sunga e coturno que lembra os trejeitos e a afetação da apresentadora Xuxa Meneghel em seus primeiros programas na década de 80).
Depois de algum tempo voltado para outras questões, volto a refletir sobre o universo da sexualidade no solo Quase nu, de abril de 2008, ainda que este não seja o centro do foco da pesquisa e da cena.
Quase nu (clipe da primeira versão da obra, de 2008)
Neste projeto quero aprofundar a investigação tendo como foco o corpo transgressor das travestis e das drag queens, atacando esses corpos de modo a tornar visível sua potencialidade habitual... elas são simples e complexas como você.
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