A pesquisa de movimento que tenho desenvolvido específicamente para o Não alimente os animais é fruto de uma série de perguntas ue tenho sobre o corpo das mulheres travestis. Corpos fortes, potentes, repletos de auto-afirmação, mas que vivem a restrição de uma existência abjetada. Minha síntese para isso é a de um corpo muito bem articulado, mas que so rasteja.
E não faze nenhum sentido que isso aconteça em outro lugar que não a rua, a calçada, o poste. Isso pq é nesse lugar que esse corpo pe permitido a viver.
Abaixo uma versão preliminar da intervenção, que foi apresentada dentro da programação do evento "20minutos.MOV", no cafofo couve-flor (espaço de trabalho da couve-flor minicomunidade artística mundial), em novembro de 2010.
Nela Princesa rasteja pela rua durante a noite e adentra o espaço o cafofo, com um animal que procura pela jaula. Linda, mas enjaulada.
Depois dese dia entendi duas importantes características do lugar-tempo em que a ação pode-deve acontecer:
1. Entendi que o memento não á a noite. A fricção e a ambiguide estão extamente no fato desse corpo ocuparo o espaço público durante os momentos em que a princípio não são permitidos: o dia. É importante retirar esse corpo da condição de noturno e dar a ele o poder de viver o dia.
2. Não se trata de qualquer rua. Existe uma potência na ocupação de ruas e calçadas onde durante a noite os corpos travestis estão a venda.
Segue aí uma edição da versão apresentada em novembro de 2010.
Câmera e edição: Alessandra Haro
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